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Observatório da Saúde da Mulher
A Evah criou o observatório para monitorar, analisar e divulgar informações sobre saúde feminina.
Dados gerais
104.500.000
de mulheres no Brasil
0,94
homens para 1 mulher
49,1%
das mulheres são responsáveis pelas unidades domésticas
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2022
Dados por temas
Saúde uterina e menstrual
A saúde uterina e menstrual é essencial para o bem-estar das pessoas designadas ao sexo feminino ao nascimento. Condições como endometriose, que causa dor e infertilidade, e a pobreza menstrual, caracterizada pela falta de acesso a produtos de higiene e infraestrutura, impactam milhões e reforçam desigualdades. Este documento aborda esses temas e a importância de ações para conscientização e inclusão.
Endometriose
10%
da mulheres são atingidas
pela endometriose
15.808
Internações no SUS
4 em 10
casos de endometriose são diagnosticados corretamente
7 a 8 anos
é o tempo médio entre o início dos sintomas e o diagnóstico correto
Notas
Há uma crescente em internações pelo SUS causadas pela endometriose, apesar disso os dados ainda mostram um cenário de subdiagnóstico que necessita de melhorias.
Pobreza menstrual
4.000.000
de meninas sem acesso a itens de
higiene menstrual na escola
713.000
meninas sem acesso a banheiro ou
chuveiro
Notas
Estados como Bahia, Pernambuco, Ceará e Amazonas estão entre os que enfrentam as piores condições relacionadas à pobreza menstrual, devido a fatores econômicos, falta de infraestrutura.
Fonte: Ministério da saúde , Ciências da Saúde - Volume 29, UNICEF e UNFPA e El País
Câncer
No Brasil, os cânceres mais comuns em mulheres são: pele não melanoma (118 mil casos), mama (74 mil), colorretal (24 mil), colo do útero (17 mil) e pulmão (15 mil). A prevenção envolve hábitos saudáveis e exames regulares para diagnóstico precoce. Neste documento, analisaremos apenas os tipos de câncer que afetam pessoas designadas do sexo feminino ao nascimento.
Câncer de mama
74.000
novos casos estimados por ano
38%
dos casos são detectados em estágios avançados (3 e 4)
Notas
Estudos no Brasil mostram que mulheres pretas e pardas são mais frequentemente diagnosticadas com câncer de mama em estágios avançados. Uma pesquisa no Rio de Janeiro revelou que mulheres pretas têm 63% mais chance de diagnóstico nos estágios II e III em comparação às brancas.
Câncer do colo do útero
17.010
novos casos estimados por ano
35%
dos casos são detectados em estágios avançados (3 e 4)
Taxa de mortalidade (%) por região do Brasil em 2021
Notas
Cerca de 99,7% dos casos de câncer de colo do útero estão relacionados à infecção persistente pelo HPV. A alta mortalidade, principalmente em regiões com baixa cobertura vacinal e acesso limitado a exames preventivos, como o Papanicolau, agrava o cenário. No entanto, com o aumento da cobertura vacinal recente, há grandes chances de uma redução significativa nos casos e mortes por essa doença no futuro, proporcionando um cenário mais favorável à prevenção.
Fonte: INCA e Ministério da Saúde
Gestação e obstetrícia
A gestação e a obstetrícia são áreas essenciais da saúde feminina, envolvendo desafios como altas taxas de cesarianas, muitas vezes realizadas sem necessidade médica, e a morte materna, frequentemente ligada a complicações evitáveis e desigualdades no acesso ao pré-natal e ao parto seguro. Este documento analisa esses temas, ressaltando a importância de práticas baseadas em evidências e cuidados humanizados.
Morte materna
1.325
mortes maternas registradas em 2023
Notas
A mortalidade materna entre mulheres pretas e pardas é muito mais alta em comparação com outras raças. Isso se deve a fatores como o acesso limitado a serviços de saúde de qualidade, a discriminação no atendimento médico e as desigualdades socioeconômicas.
Cesarianas
1.511.4510
cesarianas registradas em 2023
Taxa de proporção de cesariana para parto normal
Notas
Há uma tendência de aumento na taxa de cesarianas, apesar de diversas iniciativas e metas estabelecidas pelo governo. Além disso, no setor de saúde suplementar, a taxa de cesarianas é significativamente maior em comparação ao Sistema Único de Saúde (SUS), refletindo desigualdades no acesso e nos padrões de assistência ao parto.
Fonte: Fundação ABRINQ e Jornal da USP
Contracepção e planejamento familiar
Contracepção e planejamento familiar são essenciais para prevenir gravidezes indesejadas e abortos inseguros. Este documento destaca a importância de ampliar o acesso a métodos contraceptivos e educação para escolhas reprodutivas seguras.
Gravidez indesejada
62%
das mulheres já tiverem pelo menos 1 gravidez não planejada
55%
das gestações no Brasil não são planejadas
Notas
Métodos como o DIU têm maior adesão entre mulheres com maior escolaridade e estão diretamente ligados à renda, enquanto métodos como os cirúrgicos são mais frequentes entre mulheres com menor escolaridade.
Abortos
80.948
procedimentos pós-aborto no SUS, provocados ou espontâneos em 2020
1 em 28
mulher morre após internação pós-aborto mal sucedido
Principais causa diretas de morte materna
Síndromes hipertensivas
Complicações de abortos inseguros
Hemorragias
Infecções puerperais
Notas
O aborto é o 5º maior causador de morte materna no Brasil. Além disso, acredita-se que a mortalidade relacionada a causas diretas podem ser evitada em 90% dos casos.
Número de óbitos materno segundo tipo de causa
Causa obstétrica direta refere-se a fatores diretamente relacionados à gestação, parto ou puerpério, como óbito por hipertensão gestacional, hemorragia no parto ou infecção puerperal. Já as causas indiretas são aquelas que não estão diretamente ligadas ao processo de gestação, mas que contribuem para complicar o quadro, como a escolaridade da mãe, nível de pobreza e fatores como ambiente violento ou relações de abuso.
Número de óbitos materno segundo tipo de causa
Causa obstétrica direta refere-se a fatores diretamente relacionados à gestação, parto ou puerpério, como óbito por hipertensão gestacional, hemorragia no parto ou infecção puerperal. Já as causas indiretas são aquelas que não estão diretamente ligadas ao processo de gestação, mas que contribuem para complicar o quadro, como a escolaridade da mãe, nível de pobreza e fatores como ambiente violento ou relações de abuso.
Fonte: BBC, Bayer, Febrasgo e IPEC, Revista Fórum, Ciênc. Saúde coletiva 26 e IELPS
Saúde mental e violência de gênero
A saúde mental das mulheres é profundamente afetada pela violência de gênero, incluindo abusos físicos, psicológicos e sexuais, que podem causar ansiedade, depressão e trauma. Este documento destaca a necessidade de apoio psicológico e políticas públicas para proteger e promover o bem-estar das mulheres.
Saúde mental
45%
das mulheres possuem um diagnóstico de ansiedade, depressão
ou algum outro tipo de transtorno mental.
9 em cada 10
mães apresentam sintomas de burnout parental
Violência contra a mulher
1.437
casos de feminicídio registrados em 2022
4 mulheres
são vítimas de feminicídio por dia no Brasil
822.000
casos de estupro registrados por ano em média
1 registro de mulher estuprada
a cada 6 minutos no Brasil
Fonte: Lab Think Olga, Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), B2Mamy, BBC e Folha de São Paulo